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Dois de Ouros



O caminho misterioso não vai para dentro, mas para fora, não entra nos labirintos, mas sai deles. O caminho misterioso sobe por frias névoas de hidrogênio, braços de espiral rotativos e supernovas que explodem. A última etapa foi um tecido de macromoléculas autoconstruídas.



("Maya", Jostein Gaarder)







sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Luís Otávio “Chupeta” na Seleção de Desenvolvimento Masculina de Basquetebol


Chupeta e Marcelo Bunte

 O italvense Luís Otávio, conhecido como Chupeta, agora faz parte da Seleção de Desenvolvimento Masculina de Basquetebol. Em março ele participará de um torneio nos Estados Unidos e em abril de outro torneio na Europa.


Transcrevo a notícia do site da Confederação Brasileira de Basketball:

"O técnico José Alves Neto convocou, hoje (2), os 16 atletas da seleção de desenvolvimento masculina, que vão morar e treinar por seis meses no Centro de Treinamento e Desenvolvimento da Base do Basquete, em São Sebastião do Paraíso (MG). O grupo, que se apresenta neste sábado (dia 5), às 18 horas, irá treinar na Arena Olímpica de São Sebastião do Paraíso (Av. Monsenhor Mancini, 755 – Centro). O técnico da equipe analisa os pré-selecionados e da expectativa para a próxima etapa de treinos.
Dos 22 atletas que foram observados por uma semana pela comissão técnica, entre 26 de janeiro a 1º de fevereiro, três jogadores agora fazem parte da seleção de desenvolvimento. São eles o carioca Luís Otavio Vieira, o paulista Alexandre Paranhos, além do baiano Gemerson Barbosa."

Leia o que Chupeta disse na entrevista:


— É uma oportunidade muito boa, já que esse é o meu último ano de base. Qualquer atleta almeja fazer parte de uma seleção brasileira, então estou extremamente contente. Os treinos em São Sebastião foram bastante puxados e foi muito bom ter como professores o Neto e o André. O Magnano também nos deu toques importantes para conseguirmos conquistar a vaga. A partir de agora quero aprender cada vez mais para evoluir e ajudar o meu grupo — comentou Luís Otávio.








quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken


Três passagens do livro A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken, de Jostein Gaarder e Klaus Hagerup:

“Passeio pelas estantes da biblioteca. Os livros me dão as costas. Não para me rejeitar, como as pessoas: são convidativos, querendo apresentar-se a mim. Metros e mais metros de livros que nunca poderei ler. E sei: o que aqui se oferece é a vida, são complementos à minha própria vida que esperam ser postos em uso. Mas os dias passam rápido e deixam para trás as possibilidades. Um único desses livros talvez bastasse para mudar completamente a minha vida. Quem sou eu agora? Quem eu seria então?” 
(Simen Skjønsberg, “O prazer assombroso”, citado no livro.)




“De repente senti muita fome. Não de comida, mas de todas as palavras escondidas naquelas estantes. Mas eu sabia que, por mais que eu lesse por toda a minha vida, nunca conseguiria ler um milésimo de todas as frases que já foram escritas. Sim, pois há tantas frases no mundo como há estrelas no céu. E elas se multiplicam e se expandem continuamente, como o espaço infinito.
Mas ao mesmo tempo eu sabia que a cada vez que eu abrisse um livro, eu veria um pedacinho desse céu. Sempre que lesse uma frase, saberia um pouco mais do que antes. E tudo o que leio faz o mundo ficar maior, ficando maior eu também. Por um momento, eu contemplei o fantástico, o mágico mundo dos livros.”




“E a cada segundo que passa aumenta o saber acumulado na face da Terra. Não param de surgir novos pensamentos, novas palavras e frases feitas por novas pessoas. No mundo inteiro, neste exato momento, milhões de crianças estão criando a língua de amanhã. Algumas guardam tudo para si, enquanto outras escrevem. Poemas inacabados, histórias começadas, frases que nunca foram escritas antes. As crianças estão cheias de um saber que nem ao menos sabem que têm. Elas... vocês trouxeram uma herança do passado e, ao mesmo tempo, têm dentro de vocês as possibilidades de futuro.” 

A história do livro, pelo texto da contracapa:
Havia alguma coisa estranha naquela mulher que o garoto Nils encontrou numa livraria, quando comprava um diário para iniciar uma correspondência com a prima Berit. A mulher, uma certa Bibbi Bokken, vagava diante das estantes numa espécie de transe, olhando-as com água na boca, como se os livros fossem de chocolate ou de marzipã. Quando Nils foi pagar a conta, a mulher ofereceu uma contribuição - e o garoto ficou com aquela cena incomum na cabeça.
Os dois primos decidiram investigar quem era a tal mulher e o porquê de suas atitudes suspeitas - as duas perguntas básicas de uma boa história de detetives. Ficam sabendo que ela morava em Fjærland, a cidade de Berit, onde os dois haviam passado as últimas férias. E, nessa investigação, acabam conhecendo a história dos livros, das bibliotecas e do fascínio que eles exercem sobre as pessoas há séculos.
Muitas histórias entram neste livro divertido e múltiplo, que pode ser lido como trama policial, narrativa histórica ou novela epistolar - mas, sobretudo, como uma declaração de amor aos livros e à palavra escrita.